Futurista Qualquer: Mas repara, um urso de peluche nunca fala comigo! Um urso virtual comunica!
Velho do Restelo: Comunica, comunica… Diz sempre a mesma coisa!!!
Futurista Qualquer: Tem mais personalidade do que o que não diz coisa nenhuma…
Velho do Restelo: E para que me serve um urso em que não posso tocar?
Futurista Qualquer: Serve para o mesmo, para brincar. O virtual tem vantagens e limitações, tal como o real! O urso virtual tem uma personalidade! Interage com a criança! Estás a entender?
Velho do Restelo: Urso és tu, pá! Podemos dizer ao contrário, a urso real tem a personalidade que a criança escolher para ele! E agora?
Futurista Qualquer: Epá, cala-te! Raio do velho…
Isto foi uma forma diferente (e palerma, direi) de apresentar o que se passa no último capítulo de “A Família em Rede”. Papert faz uma comparação entre brinquedos digitais e reais e refere a importância de ambos.
O que aconteceu comigo, e é esse o propósito das nossas publicações nos blogues de tecnologias, foi que me apercebi que tive uma bela dose de brinquedos virtuais. Posso citar alguns: o personagem da Apogee, Keen ou os próprios Lemmings, dos quais já falei.
O importante a reter é que esse jogo, que era um mero brinquedo, um animal virtual, me trouxe noções de responsabilidade (ainda deixei morrer um gato com sede…) e de como cuidar de alguém, como interagir.
Tive gatos de peluche, mas nenhum deles espirrou quando lhes borrifei o nariz com perfume…
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E assim me despeço.
Senhoras professoras, menos de 18 dá direito a pneus furados! =)
Excelente 2008 para todos!