Dá-me a sensação que estou outra vez indignado. Não sei se devido às horas a que estou a escrever isto ou à reflexão a que me levou o sétimo capítulo de “A Família em Rede”.
O ano passado dei aulas numa escola primária, por sinal, a mesma que frequentei quando era miúdo. Fui recebido muito bem apesar do meu ar jovem, demasiado jovem, diria. Devo dizer que a directora era uma mulher bastante interessante, até. E o que constatei depois de ano de trabalho naquela magnifica casa de educação? Que dos cerca de 100 professores com quem tive o prazer de contactar, apenas uma dezena passava do grau “ridículo” em termos de conhecimentos acerca de computadores. E perguntam vós muito bem: “mas, ó Filipe, o que é que isso tem que ver com o livro do senhor Papert?”
O ano passado dei aulas numa escola primária, por sinal, a mesma que frequentei quando era miúdo. Fui recebido muito bem apesar do meu ar jovem, demasiado jovem, diria. Devo dizer que a directora era uma mulher bastante interessante, até. E o que constatei depois de ano de trabalho naquela magnifica casa de educação? Que dos cerca de 100 professores com quem tive o prazer de contactar, apenas uma dezena passava do grau “ridículo” em termos de conhecimentos acerca de computadores. E perguntam vós muito bem: “mas, ó Filipe, o que é que isso tem que ver com o livro do senhor Papert?”
O senhor Seymour Papert (que, não sei se repararam e já que é tempo disso, com um fato apropriado ficaria um Pai Natal perfeito) diz-nos, no capítulo 7, que há 3 forças de mudança: a indústria de software educativo, o poder das crianças e a revolução da aprendizagem.
O que me parece é que por mais que estas forças gastem energia, deveria haver um suporte por detrás delas: uma formação de professores séria e credível na área das tecnologias para formar profissionais competentes e conhecedores do campo. Se os alunos sabem mais que os professores sobre Internet, qual será o conforto dos últimos em relação a esse tema? Nenhum, parece-me. Então, apesar das 3 forças referidas por Papert estarem a fazer um belo mas vagaroso trabalho, creio que só uma formação adequada (e não as coisas ridículas onde a minha mãe, que é professora, anda a fazer “formações”) poderá acelerar esse processo.
O que me parece é que por mais que estas forças gastem energia, deveria haver um suporte por detrás delas: uma formação de professores séria e credível na área das tecnologias para formar profissionais competentes e conhecedores do campo. Se os alunos sabem mais que os professores sobre Internet, qual será o conforto dos últimos em relação a esse tema? Nenhum, parece-me. Então, apesar das 3 forças referidas por Papert estarem a fazer um belo mas vagaroso trabalho, creio que só uma formação adequada (e não as coisas ridículas onde a minha mãe, que é professora, anda a fazer “formações”) poderá acelerar esse processo.
E era isso… obrigado.
Sem dúvida que esse é um dos pilares fundamentais no uso das tecnologias ao serviço da aprendizagem: uma formação, não só de carácter tecnológico mas também, de âmbito pedagógico!
Ou seja, a revolução da aprendizagem que Papert refere assenta em metodologias e estratégias educativas que integrem e façam uso das tecnologias na educação de modo pertinente, coerente e com sentido. Não apenas usar porque está na moda, porque os alunos usam, porque se massificaram!