Gostava de começar pelas ciberavestruzes! Foi um conceito que achei bastante engraçado, cómico até, e que, ao mesmo tempo, foi o que me despertou maior interesse. Para quem não leu esta passagem, passo a citar (e, já agora, passo também a redundância): “chamo avestruzes aos educadores que ficam entusiasmados pela perspectiva dos computadores irem melhorar o que eles fazem na escola, mas que enterram a cabeça na areia para evitarem compreender que essa tecnologia irá inevitavelmente fazer surgir possibilidades espantosas de mudança, muito para além de um mero aperfeiçoamento.”
Ora, o ponto central de debate é a mudança, e a mudança só é recebida com bons olhos quando se sabe o que se espera ou quando não se tem nada a perder. Isto constitui um problema pois, na grande maioria, os educadores para além de não saberem o que os espera (porque estão a lidar com o temeroso “desconhecido”), ainda têm muito a perder: rotinas, o conforto do previsível e o à vontade que sentem com os métodos tradicionais (que muitas vezes deixa de ser “à vontade” para ser “à vontadinha”, se é que me faço entender…).
Ainda assim, é legítimo que estes educadores digam “Mas eu não tirei o curso para isto!” ou “Mas eu não tenho qualquer formação em informática!”, e realmente é verdade. Ou, havendo formação, essa não é adequada. Por isso cabe às entidades a isso destinadas tirar às ciberavestruzes essa legitimidade. No nosso caso (dos alunos de C.E.) já ninguém pode usar o “não fui formado para isso” com um argumento.
Como diz Papert, “novas tecnologias são usadas para fortalecerem métodos educativos pobres, que foram concebidos apenas porque não existia o computador quando a escola foi pensada.”
É o que vos mostro com o vídeo que se segue. Enjoy…
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