Ainda que não seja “grande”, este livro de Papert trouxe-me alguma nostalgia dos tempos em que era pequenino e passava os dias a brincar com o meu bem amado computador. Em boa verdade era o PC do meu pai, mas era eu quem puxava por ele durante longas e emocionantes horas. E foi na leitura de “A Família em Rede” que revi, de certa forma, o miúdo que eu era (e ainda sou), que passava boa parte do seu dia a explorar o computador e o que ele tinha para me oferecer. E utilizo o termo explorar em vez do termo jogar porque me apercebi, através das palavras de Papert, que o que me estimulava (e ainda hoje assim acontece) é que tenho ao meu alcançe o que me interessa no tempo que me interessa. É todo um mundo que está na outra face do monitor e, para uma criança, o descobrir é o que mais importa, é a natureza de ser criança: descobrir! No entanto, esta geração dos computadores está em conflito com a geração dos nossos pais marretas, que estimulam os mitos ridículos que existem em torno da máquina. É óbvio que o computador tem coisas más, nomeadamente em relação à Internet, mas a televisão tem muito poucas coisas boas e são raros os pais que consideram estes dois electrodomésticos em pé de igualdade. A verdade é que não é fácil para eles adaptarem-se a algo que não fez parte da sua vida, e é para isso que Papert chama a atenção. Tal como as crianças, os pais devem aceitar o desafio de explorar o que está para lá do ecrã e aproveitar isso para aprender, para ensinar e fundamentalmente, creio, para fortalecer os laços com os filhos.
O meu pai teve oportunidade para lidar com os computadores nos seus tempos de juventude, apesar de, ainda assim, ser crente em relação aos mitos absurdos sobre a máquina (que faz mal estar muito tempo sozinho, que o ecrã provoca epilepsia, entre outros) mas a minha mãe nunca tocou decentemente num teclado, e a sua habilidade com um rato é muito inferior à da minha pequena prima de 4 anos. Isto para contextualizar uma curiosidade em relação às aprendizagens por via dessa máquina maravilhosa. A minha mãe conhece um número ridículo de bandeiras nacionais. Eu aprendi boa parte delas através de simuladores de futebol. Enquanto me divertia, aprendia as bandeiras das selecções que controlava. Simples e divertido! Além disso o computador não nos manda ir para a cama nem arrumar o quarto, se é que me faço entender. É a criança que ordena e que comanda. Haverá um mundo melhor que esse para um miúdo? E se se aprende mais vantajoso é! Só faltava dar dinheiro!
Gostei bastante da estrutura do livro e é muito fácil de ler. Nota-se que o autor se esforçou mais para ser fluente e acessível a todos do que enveredar por discursos exaustivos e confusos para os menos ambientados ao tema.
Boa sorte para todos!
O meu pai teve oportunidade para lidar com os computadores nos seus tempos de juventude, apesar de, ainda assim, ser crente em relação aos mitos absurdos sobre a máquina (que faz mal estar muito tempo sozinho, que o ecrã provoca epilepsia, entre outros) mas a minha mãe nunca tocou decentemente num teclado, e a sua habilidade com um rato é muito inferior à da minha pequena prima de 4 anos. Isto para contextualizar uma curiosidade em relação às aprendizagens por via dessa máquina maravilhosa. A minha mãe conhece um número ridículo de bandeiras nacionais. Eu aprendi boa parte delas através de simuladores de futebol. Enquanto me divertia, aprendia as bandeiras das selecções que controlava. Simples e divertido! Além disso o computador não nos manda ir para a cama nem arrumar o quarto, se é que me faço entender. É a criança que ordena e que comanda. Haverá um mundo melhor que esse para um miúdo? E se se aprende mais vantajoso é! Só faltava dar dinheiro!
Gostei bastante da estrutura do livro e é muito fácil de ler. Nota-se que o autor se esforçou mais para ser fluente e acessível a todos do que enveredar por discursos exaustivos e confusos para os menos ambientados ao tema.
Boa sorte para todos!
Ao contrario de ti, eu comecei a “explorar” este pequeno ecrã à bem pouco tempo, mas concordo contigo, ele trás bastantes benefícios! Gostei da teoria das bandeiras, simples e eficaz! Parabéns pela reflexão!