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Capítulo 8 - FIM

Velho do Restelo: Brinquedos digitais? Pff… Gentinha…

Futurista Qualquer:
Mas repara, um urso de peluche nunca fala comigo! Um urso virtual comunica!

Velho do Restelo: Comunica, comunica… Diz sempre a mesma coisa!!!

Futurista Qualquer: Tem mais personalidade do que o que não diz coisa nenhuma…

Velho do Restelo:
E para que me serve um urso em que não posso tocar?

Futurista Qualquer:
Serve para o mesmo, para brincar. O virtual tem vantagens e limitações, tal como o real! O urso virtual tem uma personalidade! Interage com a criança! Estás a entender?

Velho do Restelo: Urso és tu, pá! Podemos dizer ao contrário, a urso real tem a personalidade que a criança escolher para ele! E agora?

Futurista Qualquer:
Epá, cala-te! Raio do velho…


Isto foi uma forma diferente (e palerma, direi) de apresentar o que se passa no último capítulo de “A Família em Rede”. Papert faz uma comparação entre brinquedos digitais e reais e refere a importância de ambos.
O que aconteceu comigo, e é esse o propósito das nossas publicações nos blogues de tecnologias, foi que me apercebi que tive uma bela dose de brinquedos virtuais. Posso citar alguns: o personagem da Apogee, Keen ou os próprios Lemmings, dos quais já falei.



Mas dou o destaque a um jogo de vídeo que me marcou especialmente como brinquedo digital (só agora o defino assim mas, afinal, sempre o foi): o seu nome é Pets. Nome simples e pouco eficaz numa pesquisa do google, pelo que não encontrei uma imagem que o possa ilustrar (se ao menos ainda soubesse da caixa…). O jogo consistia em cuidar de gatos. E, apesar de antigo, estava muito bem conseguido em termos de inteface. As actividades iam desde o básico: comer, dormir e brincar, até coisas mais elaboradas como tratar do pelo, apanhar ratos e mais uma panóplia de actividades das quais não me recordo. A verdade é que os gatinhos tinham mesmo personalidade! Joguei durante cerca de dois anos e ficava pasmado como é que ao fim de tanto tempo ainda havia reacções e respostas que não conhecia.
O importante a reter é que esse jogo, que era um mero brinquedo, um animal virtual, me trouxe noções de responsabilidade (ainda deixei morrer um gato com sede…) e de como cuidar de alguém, como interagir.

Tive gatos de peluche, mas nenhum deles espirrou quando lhes borrifei o nariz com perfume…

*****

E assim me despeço.
Senhoras professoras, menos de 18 dá direito a pneus furados! =)

Excelente 2008 para todos!
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Capítulo 7 - A Família em Rede

Dá-me a sensação que estou outra vez indignado. Não sei se devido às horas a que estou a escrever isto ou à reflexão a que me levou o sétimo capítulo de “A Família em Rede”.

O ano passado dei aulas numa escola primária, por sinal, a mesma que frequentei quando era miúdo. Fui recebido muito bem apesar do meu ar jovem, demasiado jovem, diria. Devo dizer que a directora era uma mulher bastante interessante, até. E o que constatei depois de ano de trabalho naquela magnifica casa de educação? Que dos cerca de 100 professores com quem tive o prazer de contactar, apenas uma dezena passava do grau “ridículo” em termos de conhecimentos acerca de computadores. E perguntam vós muito bem: “mas, ó Filipe, o que é que isso tem que ver com o livro do senhor Papert?”
O senhor Seymour Papert (que, não sei se repararam e já que é tempo disso, com um fato apropriado ficaria um Pai Natal perfeito) diz-nos, no capítulo 7, que há 3 forças de mudança: a indústria de software educativo, o poder das crianças e a revolução da aprendizagem.
O que me parece é que por mais que estas forças gastem energia, deveria haver um suporte por detrás delas: uma formação de professores séria e credível na área das tecnologias para formar profissionais competentes e conhecedores do campo. Se os alunos sabem mais que os professores sobre Internet, qual será o conforto dos últimos em relação a esse tema? Nenhum, parece-me. Então, apesar das 3 forças referidas por Papert estarem a fazer um belo mas vagaroso trabalho, creio que só uma formação adequada (e não as coisas ridículas onde a minha mãe, que é professora, anda a fazer “formações”) poderá acelerar esse processo.

E era isso… obrigado.
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A Família em Rede - Capítulo 6

Olá a todos! Depois de uma ausência prolongada devido a assuntos pessoais (“assuntos pessoais” é uma desculpa que dá sempre para tudo) regresso de uma forma renovada. E porquê? Porque, se a memória não me estiver a passar a perna (seja lá onde for que se localiza a perna da memória), este é o primeiro post em que farei uma comparação de “A Família em Rede” com duas disciplinas das ciências da educação.
Parto da seguinte frase de Papert:

“(…)um bom projecto familiar de utilização do computador deve ter as duas raízes na cultura das crianças: é necessário que um miúdo sinta que o que estão a fazer se relaciona com aquilo que os miúdos fazem geralmente (…)”
ou com aquilo que gostam e os liga à realidade, acrescento eu.

Dito de outro modo, e não me restringindo apenas ao universo familiar e das crianças, a parte afectiva do indivíduo na relação com o que tem de aprender, projectar ou construir/desenvolver tem uma influência fortíssima na forma como isso se irá processar e, indo mais longe, no próprio desempenho desse.
Apresento dois exemplos.

Os trabalhos finais para a disciplina de Seminário de Integração Profissional têm-se revelado a maior das pasmaceiras, desculpem-me a expressão, e creio que falo por muitas bocas ao dizer isto. O que acontece é que, e agora pessoalmente, não vejo ligação nenhuma do que estou a fazer com o real ou com os meus interesses. O trabalho torna-se penoso, faço-o pior do que se estivesse a gostar de faze-lo e provavelmente terei muito mais dificuldades em tirar partido dele, ou seja, em apr(e)ender alguma coisa.

Por outro lado, a liberdade para abordar matérias de interesse pessoal na disciplina de Tecnologias Educativas dá ao trabalho um sentido bastante diferente, em que se tem gosto pelo que se está a fazer e acaba por se aprender mais e melhor, tendo um desempenho muito superior ao que se teria no caso anterior. (Isto não é graxa a ninguém! Se quiserem depois vão ver o trabalho final e verão como nos deu prazer fazê-lo!)


Tudo isto para dizer que este é princípio orientador é um método que me parece que poderia ser mais utilizado pelos professores. Se tal acontecer de uma forma lúcida e controlada não há perigo de se cair na anarquia e no “vazio curricular”, se é que me faço entender. Tenho a certeza de que seria uma excelente forma de motivar e fomentar o gosto por aprender. Na nossa querida FPCE há alguns professores que o fazem. Com justiça dou créditos ao professor Jorge Ramos do Ó, Fernando Costa, Joana Viana e Domingos Fernandes, que nos fazem, através deste princípio, correr com gosto e, como sabemos

quem corre por gosto cansa-se, mas demora muito mais…
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Conferência: e-Learning

Ontem houve uma conferência na nossa Faculdade de Ciências da Educação (hoje é a minha vez de fingir que me esqueci de mencionar o outro curso. Qual é, mesmo?). O anfitrião foi o professor João Paiva (que também é o nome de um ex-ponta-de-lança do Sporting B, só para terem uma noção do alcance da minha cultura geral) e estruturou-se da seguinte forma:
- Primeiro profetizou-se o fim do e-Learning,
- Em segundo lugar foram apresentadas uma série de interessantes dicotomias acerca da educação
- E, por fim, falou-se um pouco da Web 2.0 (da ideia da criação de um grande Limbo) e dos trabalhos feitos com base na Internet.

Mas antes de me dizer mais sobre cada um desses pontos gostaria de dizer que fomos pioneiros na transmissão de um evento como este por vídeo-conferência e também, e esta é a parte realmente interessante, foi a primeira vez no mundo todo que se utilizou o verbo “chafurdar” numa conferência, o que me parece bué da intelectual (o que foi? Se o professor João Paiva pode dizer “chafurdar” por que é que eu não posso dizer “bué”?).

O fim do e-Learning foi profetizado numa perspectiva positivista. Diz João Paiva que daqui a alguns anos o “e” (de e-Learning) estará tão presente em toda a educação que não fará sentido utilizado, pois será tão banal que não se justifica o ênfase no “e”. A tecnologia estará para a educação como hoje estão os livros.

De seguida apresentou uma série de dicotomias muito interessantes sobre as quais farei pequenos balanços:





Razão versus Afectos

Hoje, devido às alterações sociais, ainda mais no plano escolar, há muitos professores que adoptam uma atitude de “gajos porreiros”, onde o papel de professor e aluno se confunde e, muitas vezes, a linha que os separa é perigosamente indefinida. Nesses casos há um risco grave dos “gajos porreiros” que são os professores não passarem disso mesmo, perdendo a mestria e a erudição própria do seu ofício. È óbvio que ninguém aqui defende o extremo oposto, apenas o sóbrio, porque os afectos são importantes, se são!

Centro no professor versus Centro no aluno

Qual é o limite da liberdade do aluno no desempenho desse papel? Mais uma vez o alerta para um risco: perder-se o construtivismo para o anarquismo. Por outro lado, o tradicionalismo já não tem lugar no ensino actual.

Elitismo versus Escola de massas

Com a democratização e massificção do ensino podem acontecer dois fenómenos: ou a exigência sobe para criar elites ou desce, criando uma ilusão de equidade e justiça. Se a escola nos apresenta públicos diversos e indivíduos diferentes, a igualdade só será alcançada tratando os diferentes como tal, procurando assistir um publico mais vasto e não proceder a uma filtragem (ou a um padrão tão baixo que todos transitam sem esforço).

Palavra versus Imagem

Há hoje uma sobrevalorização da imagem, mas a realidade é que, para a cognição, uma imagem não vale mais do que mil palavras. As palavras e o exercício da escrita e oralidade são excelentes promotores da reflexão e criadores de esquemas cognitivos. A imagem é atractiva mas não é um motor.

Pessimismo versus Optimismo

Não é necessário desenvolver esta dicotomia, foi-nos apresentada por Papert com outra terminologia: Cibercríticos versus Ciberutópicos

Memorização versus Criatividade

Também é usual, hoje em dia, a vanguarda mais apaixonada pelo construtivismo e pela educação centrada no aluno defender que a criatividade é fundamental e incontornável. Talvez seja, mas será possível criar sobre o nada, sem ter conceitos ou outras bases? Mais uma vez a lucidez é necessária.
_________________________________________-
Quanto à Web 2.0 foi levantada uma questão muito pertinente, talvez a mais pertinente de toda a conferência. Sendo a Web 2.0 uma porta para publicar qualquer coisa, independentemente da qualidade e/ou veracidade do conteúdo, como se poderá combater/filtrar toda a porcaria (desculpem-me a expressão mas parece-me que até nem é bem esse o termo) que é colocada online? A resposta é: com a criação de uma zona (chamemos-lhes Limbo) onde os conteúdos não foram revistos e por isso não há garantia da sua qualidade. Ora, através de equipas de peritagem, os conteúdos iam sendo sucessivamente analisados e retirados do limbo para a zona de confiança. Excelente ideia!

Quanto aos trabalhos feitos com base em informações da Internet foram apresentadas recomendações para combater a praga do “copy & past”.
-Princípio da compreensão – criação de restrições e regras por parte dos docentes, que obriguem os alunos a pensar e a compreender. Ex: selecção de partes especificas de um conteúdo, elaboração de apresentações orais acerca do tema, etc…
-Princípio do espírito crítico – nem tudo o que está na net é viável, há que chamar os alunos à atenção para isso.
-Obrigação de referir a fonte para que o professor verifique se se trata de uma cópia.





Lamento a extensão do post e despeço-me com uma citação do professor João Paiva:

“As tecnologias não são boas nem más, dependem do uso que lhes damos.”


PS.: Foi muito agradável ver o vídeo que está neste blog (sobre metodologias de ensino) a ser reproduzido numa conferência. =)
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Capítulo 5 "A Família em Rede"

Ora, como já li o capítulo 5 mais vezes do que a minha mãe viu o Titanic (o que é um número gravemente considerável) e já não me ocorre nada de especialmente rico para escrever nem me surge nenhuma reflexão, decidi contar um simples episódio de aprendizagem familiar (já que é esse o tema do capítulo), e cessar o eco de “Faz um post! FAZ UM POST!” proferido a pulmões cheios pela minha consciência.
Não foi há muito tempo, foi aquando da saída do filme “300”, uma história passada na Grécia Antiga, protagonizada pelo Rei Leonídas I. Eu não sabia ao certo do que se tratava, mas desconfiava que seria acerca de uma batalha de 300 para 1 milhão, da qual o lado menor saíra vitorioso, ao que o meu pai reagiu com um “’Tás parvo?! Alguma vez isso é uma história real? Acreditas em tudo o que te dizem?” O meu irmão, mais calmo, disse “Como é que isso é possível?”. As mulheres da casa ouviam, nunca percebi porque se calam quando o assunto deixa de ser o próprio jantar ou os pais dos netos dos vizinhos. “Então já vamos ver, quando acabarmos de comer!” Rematei. Assim foi, a família dirigiu-se para o meu bem amado portátil e foi com espanto que nos deparámos com a realidade histórica, que não deu razão a nenhum de nós mas se mostrou surpreendente (que não irei aqui expor, pois será publicada no projecto de T.E. do meu grupo).
Acima da aprendizagem sobre vários temas (já que depois fiquei a explorar o assunto na companhia dos restantes) é importante salientar a união e o interesse dos que estavam presentes. Não se trata apenas de aprender, mas de gostar de aprender e ver algum sentido nisso, e aí a aprendizagem de estilo familiar tem punho de ferro em relação às outras, creio…
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