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Dec 29

Capítulo 8 - FIM

Velho do Restelo: Brinquedos digitais? Pff… Gentinha…

Futurista Qualquer:
Mas repara, um urso de peluche nunca fala comigo! Um urso virtual comunica!

Velho do Restelo: Comunica, comunica… Diz sempre a mesma coisa!!!

Futurista Qualquer: Tem mais personalidade do que o que não diz coisa nenhuma…

Velho do Restelo:
E para que me serve um urso em que não posso tocar?

Futurista Qualquer:
Serve para o mesmo, para brincar. O virtual tem vantagens e limitações, tal como o real! O urso virtual tem uma personalidade! Interage com a criança! Estás a entender?

Velho do Restelo: Urso és tu, pá! Podemos dizer ao contrário, a urso real tem a personalidade que a criança escolher para ele! E agora?

Futurista Qualquer:
Epá, cala-te! Raio do velho…


Isto foi uma forma diferente (e palerma, direi) de apresentar o que se passa no último capítulo de “A Família em Rede”. Papert faz uma comparação entre brinquedos digitais e reais e refere a importância de ambos.
O que aconteceu comigo, e é esse o propósito das nossas publicações nos blogues de tecnologias, foi que me apercebi que tive uma bela dose de brinquedos virtuais. Posso citar alguns: o personagem da Apogee, Keen ou os próprios Lemmings, dos quais já falei.



Mas dou o destaque a um jogo de vídeo que me marcou especialmente como brinquedo digital (só agora o defino assim mas, afinal, sempre o foi): o seu nome é Pets. Nome simples e pouco eficaz numa pesquisa do google, pelo que não encontrei uma imagem que o possa ilustrar (se ao menos ainda soubesse da caixa…). O jogo consistia em cuidar de gatos. E, apesar de antigo, estava muito bem conseguido em termos de inteface. As actividades iam desde o básico: comer, dormir e brincar, até coisas mais elaboradas como tratar do pelo, apanhar ratos e mais uma panóplia de actividades das quais não me recordo. A verdade é que os gatinhos tinham mesmo personalidade! Joguei durante cerca de dois anos e ficava pasmado como é que ao fim de tanto tempo ainda havia reacções e respostas que não conhecia.
O importante a reter é que esse jogo, que era um mero brinquedo, um animal virtual, me trouxe noções de responsabilidade (ainda deixei morrer um gato com sede…) e de como cuidar de alguém, como interagir.

Tive gatos de peluche, mas nenhum deles espirrou quando lhes borrifei o nariz com perfume…

*****

E assim me despeço.
Senhoras professoras, menos de 18 dá direito a pneus furados! =)

Excelente 2008 para todos!
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Dec 28

Capítulo 7 - A Família em Rede

Dá-me a sensação que estou outra vez indignado. Não sei se devido às horas a que estou a escrever isto ou à reflexão a que me levou o sétimo capítulo de “A Família em Rede”.

O ano passado dei aulas numa escola primária, por sinal, a mesma que frequentei quando era miúdo. Fui recebido muito bem apesar do meu ar jovem, demasiado jovem, diria. Devo dizer que a directora era uma mulher bastante interessante, até. E o que constatei depois de ano de trabalho naquela magnifica casa de educação? Que dos cerca de 100 professores com quem tive o prazer de contactar, apenas uma dezena passava do grau “ridículo” em termos de conhecimentos acerca de computadores. E perguntam vós muito bem: “mas, ó Filipe, o que é que isso tem que ver com o livro do senhor Papert?”
O senhor Seymour Papert (que, não sei se repararam e já que é tempo disso, com um fato apropriado ficaria um Pai Natal perfeito) diz-nos, no capítulo 7, que há 3 forças de mudança: a indústria de software educativo, o poder das crianças e a revolução da aprendizagem.
O que me parece é que por mais que estas forças gastem energia, deveria haver um suporte por detrás delas: uma formação de professores séria e credível na área das tecnologias para formar profissionais competentes e conhecedores do campo. Se os alunos sabem mais que os professores sobre Internet, qual será o conforto dos últimos em relação a esse tema? Nenhum, parece-me. Então, apesar das 3 forças referidas por Papert estarem a fazer um belo mas vagaroso trabalho, creio que só uma formação adequada (e não as coisas ridículas onde a minha mãe, que é professora, anda a fazer “formações”) poderá acelerar esse processo.

E era isso… obrigado.
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Dec 24

A Família em Rede - Capítulo 6

Olá a todos! Depois de uma ausência prolongada devido a assuntos pessoais (“assuntos pessoais” é uma desculpa que dá sempre para tudo) regresso de uma forma renovada. E porquê? Porque, se a memória não me estiver a passar a perna (seja lá onde for que se localiza a perna da memória), este é o primeiro post em que farei uma comparação de “A Família em Rede” com duas disciplinas das ciências da educação.
Parto da seguinte frase de Papert:

“(…)um bom projecto familiar de utilização do computador deve ter as duas raízes na cultura das crianças: é necessário que um miúdo sinta que o que estão a fazer se relaciona com aquilo que os miúdos fazem geralmente (…)”
ou com aquilo que gostam e os liga à realidade, acrescento eu.

Dito de outro modo, e não me restringindo apenas ao universo familiar e das crianças, a parte afectiva do indivíduo na relação com o que tem de aprender, projectar ou construir/desenvolver tem uma influência fortíssima na forma como isso se irá processar e, indo mais longe, no próprio desempenho desse.
Apresento dois exemplos.

Os trabalhos finais para a disciplina de Seminário de Integração Profissional têm-se revelado a maior das pasmaceiras, desculpem-me a expressão, e creio que falo por muitas bocas ao dizer isto. O que acontece é que, e agora pessoalmente, não vejo ligação nenhuma do que estou a fazer com o real ou com os meus interesses. O trabalho torna-se penoso, faço-o pior do que se estivesse a gostar de faze-lo e provavelmente terei muito mais dificuldades em tirar partido dele, ou seja, em apr(e)ender alguma coisa.

Por outro lado, a liberdade para abordar matérias de interesse pessoal na disciplina de Tecnologias Educativas dá ao trabalho um sentido bastante diferente, em que se tem gosto pelo que se está a fazer e acaba por se aprender mais e melhor, tendo um desempenho muito superior ao que se teria no caso anterior. (Isto não é graxa a ninguém! Se quiserem depois vão ver o trabalho final e verão como nos deu prazer fazê-lo!)


Tudo isto para dizer que este é princípio orientador é um método que me parece que poderia ser mais utilizado pelos professores. Se tal acontecer de uma forma lúcida e controlada não há perigo de se cair na anarquia e no “vazio curricular”, se é que me faço entender. Tenho a certeza de que seria uma excelente forma de motivar e fomentar o gosto por aprender. Na nossa querida FPCE há alguns professores que o fazem. Com justiça dou créditos ao professor Jorge Ramos do Ó, Fernando Costa, Joana Viana e Domingos Fernandes, que nos fazem, através deste princípio, correr com gosto e, como sabemos

quem corre por gosto cansa-se, mas demora muito mais…
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Dec 14

Conferência: e-Learning

Ontem houve uma conferência na nossa Faculdade de Ciências da Educação (hoje é a minha vez de fingir que me esqueci de mencionar o outro curso. Qual é, mesmo?). O anfitrião foi o professor João Paiva (que também é o nome de um ex-ponta-de-lança do Sporting B, só para terem uma noção do alcance da minha cultura geral) e estruturou-se da seguinte forma:
- Primeiro profetizou-se o fim do e-Learning,
- Em segundo lugar foram apresentadas uma série de interessantes dicotomias acerca da educação
- E, por fim, falou-se um pouco da Web 2.0 (da ideia da criação de um grande Limbo) e dos trabalhos feitos com base na Internet.

Mas antes de me dizer mais sobre cada um desses pontos gostaria de dizer que fomos pioneiros na transmissão de um evento como este por vídeo-conferência e também, e esta é a parte realmente interessante, foi a primeira vez no mundo todo que se utilizou o verbo “chafurdar” numa conferência, o que me parece bué da intelectual (o que foi? Se o professor João Paiva pode dizer “chafurdar” por que é que eu não posso dizer “bué”?).

O fim do e-Learning foi profetizado numa perspectiva positivista. Diz João Paiva que daqui a alguns anos o “e” (de e-Learning) estará tão presente em toda a educação que não fará sentido utilizado, pois será tão banal que não se justifica o ênfase no “e”. A tecnologia estará para a educação como hoje estão os livros.

De seguida apresentou uma série de dicotomias muito interessantes sobre as quais farei pequenos balanços:





Razão versus Afectos

Hoje, devido às alterações sociais, ainda mais no plano escolar, há muitos professores que adoptam uma atitude de “gajos porreiros”, onde o papel de professor e aluno se confunde e, muitas vezes, a linha que os separa é perigosamente indefinida. Nesses casos há um risco grave dos “gajos porreiros” que são os professores não passarem disso mesmo, perdendo a mestria e a erudição própria do seu ofício. È óbvio que ninguém aqui defende o extremo oposto, apenas o sóbrio, porque os afectos são importantes, se são!

Centro no professor versus Centro no aluno

Qual é o limite da liberdade do aluno no desempenho desse papel? Mais uma vez o alerta para um risco: perder-se o construtivismo para o anarquismo. Por outro lado, o tradicionalismo já não tem lugar no ensino actual.

Elitismo versus Escola de massas

Com a democratização e massificção do ensino podem acontecer dois fenómenos: ou a exigência sobe para criar elites ou desce, criando uma ilusão de equidade e justiça. Se a escola nos apresenta públicos diversos e indivíduos diferentes, a igualdade só será alcançada tratando os diferentes como tal, procurando assistir um publico mais vasto e não proceder a uma filtragem (ou a um padrão tão baixo que todos transitam sem esforço).

Palavra versus Imagem

Há hoje uma sobrevalorização da imagem, mas a realidade é que, para a cognição, uma imagem não vale mais do que mil palavras. As palavras e o exercício da escrita e oralidade são excelentes promotores da reflexão e criadores de esquemas cognitivos. A imagem é atractiva mas não é um motor.

Pessimismo versus Optimismo

Não é necessário desenvolver esta dicotomia, foi-nos apresentada por Papert com outra terminologia: Cibercríticos versus Ciberutópicos

Memorização versus Criatividade

Também é usual, hoje em dia, a vanguarda mais apaixonada pelo construtivismo e pela educação centrada no aluno defender que a criatividade é fundamental e incontornável. Talvez seja, mas será possível criar sobre o nada, sem ter conceitos ou outras bases? Mais uma vez a lucidez é necessária.
_________________________________________-
Quanto à Web 2.0 foi levantada uma questão muito pertinente, talvez a mais pertinente de toda a conferência. Sendo a Web 2.0 uma porta para publicar qualquer coisa, independentemente da qualidade e/ou veracidade do conteúdo, como se poderá combater/filtrar toda a porcaria (desculpem-me a expressão mas parece-me que até nem é bem esse o termo) que é colocada online? A resposta é: com a criação de uma zona (chamemos-lhes Limbo) onde os conteúdos não foram revistos e por isso não há garantia da sua qualidade. Ora, através de equipas de peritagem, os conteúdos iam sendo sucessivamente analisados e retirados do limbo para a zona de confiança. Excelente ideia!

Quanto aos trabalhos feitos com base em informações da Internet foram apresentadas recomendações para combater a praga do “copy & past”.
-Princípio da compreensão – criação de restrições e regras por parte dos docentes, que obriguem os alunos a pensar e a compreender. Ex: selecção de partes especificas de um conteúdo, elaboração de apresentações orais acerca do tema, etc…
-Princípio do espírito crítico – nem tudo o que está na net é viável, há que chamar os alunos à atenção para isso.
-Obrigação de referir a fonte para que o professor verifique se se trata de uma cópia.





Lamento a extensão do post e despeço-me com uma citação do professor João Paiva:

“As tecnologias não são boas nem más, dependem do uso que lhes damos.”


PS.: Foi muito agradável ver o vídeo que está neste blog (sobre metodologias de ensino) a ser reproduzido numa conferência. =)
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Dec 05

Capítulo 5 "A Família em Rede"

Ora, como já li o capítulo 5 mais vezes do que a minha mãe viu o Titanic (o que é um número gravemente considerável) e já não me ocorre nada de especialmente rico para escrever nem me surge nenhuma reflexão, decidi contar um simples episódio de aprendizagem familiar (já que é esse o tema do capítulo), e cessar o eco de “Faz um post! FAZ UM POST!” proferido a pulmões cheios pela minha consciência.
Não foi há muito tempo, foi aquando da saída do filme “300”, uma história passada na Grécia Antiga, protagonizada pelo Rei Leonídas I. Eu não sabia ao certo do que se tratava, mas desconfiava que seria acerca de uma batalha de 300 para 1 milhão, da qual o lado menor saíra vitorioso, ao que o meu pai reagiu com um “’Tás parvo?! Alguma vez isso é uma história real? Acreditas em tudo o que te dizem?” O meu irmão, mais calmo, disse “Como é que isso é possível?”. As mulheres da casa ouviam, nunca percebi porque se calam quando o assunto deixa de ser o próprio jantar ou os pais dos netos dos vizinhos. “Então já vamos ver, quando acabarmos de comer!” Rematei. Assim foi, a família dirigiu-se para o meu bem amado portátil e foi com espanto que nos deparámos com a realidade histórica, que não deu razão a nenhum de nós mas se mostrou surpreendente (que não irei aqui expor, pois será publicada no projecto de T.E. do meu grupo).
Acima da aprendizagem sobre vários temas (já que depois fiquei a explorar o assunto na companhia dos restantes) é importante salientar a união e o interesse dos que estavam presentes. Não se trata apenas de aprender, mas de gostar de aprender e ver algum sentido nisso, e aí a aprendizagem de estilo familiar tem punho de ferro em relação às outras, creio…
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Nov 25

LEMMINGS!!!

Na sequência do post anterior deixo-vos com dois videos divertidos. Enjoy...


http://www.youtube.com/watch?v=3-eiOmbXMTk


http://www.youtube.com/watch?v=qgzBZjhh2Bo

Julgo que os videos estão com problemas, tentarei tratar so assunto assim que me for possível.
Mas sempre têm os links...
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Nov 25

Capítulo IV "A Família em Rede"

“O escândalo da educação reside no facto de sempre que ensinamos algo estamos a privar a criança do prazer e do benefício da descoberta.”

Como já disse antes, sou um maníaco dos jogos de computador. Lembro-me de um, muito famoso, que preencheu toda a minha meninice: Lemmings (podem jogar através deste link!!!). Muitos de vós devem conhecê-lo. Quem o conhecer rir-se-á com o cartoon que aqui coloquei.




O jogo consiste, basicamente, em salvar criaturinhas com graves problemas de personalidade (os Lemmings) que se limitam a andar numa única direcção como se fossem cegos, surdos e mudos. Isto é, movem-se sem ter noção das consequências do que pode acontecer adiante. Imaginem o como seria se eu caminhasse até à beira de um penhasco sem me preocupar com o facto de ir cair de uma altura de 100 metros, e atrás de mim caminhassem todos os meus amigos, que me seguiriam sem problemas até ao fundo do penhasco. Os lemmings são assim! Alguém tem de os salvar! Só estarão salvos quando alcançarem um portal que os envia para aquilo que, em menino, imaginava como sendo o Jardim do Éden… Ainda hoje imagino que seja para aí que vão, mas é embaraçoso dizê-lo… Ora, para os salvar deste mundo perigoso temos à nossa disposição uma série de ferramentas (perspicazmente limitadas e seleccionadas para cada nível) para os fazer alcançar as “portas da salvação”.
O que acontece é que eu passava dias e dias de volta de um determinado problema: ora a pensar como evitar que caíssem no lodo, como fazê-los subir uma parede, como escavar até determinado ponto, et cetera, et cetera, et cetera… tudo para salvar aquele povo estúpido, mas que me é muito querido.
Lembro-me que sempre que resolvia um nível dos mais difíceis dava pulos de alegria e esperava até o meu pai voltar do trabalho para que visse como consegui enviar os lemmings para casa, ou lá para onde vão…
Entretanto apercebia-me das consequências de determinados actos, ganhava noções de espaço e de tempo, aprendia a gerir um grupo e empenhava-me para alcançar um objectivo! (Entre outras aprendizagens que, a esta hora, não me acorrem.)

A questão que coloco é: o que mudaria se fosse o meu pai a dizer-me como salvar os pobres lemmings?

Tal como Papert, não defendo que se deixe a criança por sua conta, defendo o incentivo e a supervisão acima da aprendizagem passiva, que repele a descoberta. A natureza dos miúdos é isso mesmo: descobrir! Deixemo-los descobrir, mas espreitemos atrás da porta, não vá a coisa dar para o torto, se é que me faço entender…
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Nov 18

Momento de indignação!

Quarta-feira, dia 14 de Novembro de 2007, foi publicada mais uma semente do mal sobre a Internet, no jornal “Metro”. O artigo é encabeçado pelas gordas “A Internet divide as famílias?”
Se fosse eu o seu autor começaria o artigo por um simples “Não, não divide.” Mas é que nem pensar nisso! Não divide?! É claro que divide! Divide e ainda pode fazer de nos náufragos enquanto navegamos pela Wikipédia, contaminar-nos com SIDA através do Messenger e/ou infectar-nos com micoses enquanto nos deliciamos com as magnificas obras que se encontram no DeviantArt. Pelo amor de Deus! Num artigo de página inteira não encontrei um único elogio às boas potencialidades da Internet. Pois sim, é verdade que os filhos sabem mil vezes mais que os pais no que toca a tecnologias e que isso causa muitas vezes uma divisão nas famílias, mas se pais e filhos jogarem ao peão ou à carica, são os pais que ganham! Eu só sei lançar um peão (digo eu) porque o meu pai me ensinou já eu tinha borbulhas na testa!
Acho que chamam a isto evolução. Diferentes gerações com diferentes interesses e diferentes possibilidades. Enfim, retomando o raciocínio: se os pais se afastam dos filhos porque são uns pés de boi e não percebem peva de Internet (isto de um modo genérico, é claro), então parece-me que o problema não está na Internet mas sim nos pais! Se a questão fosse “Os pais afastam-se dos filhos porque não fazem ideia de como se funciona com um computador?”, aí eu apoiaria um raspanete sobre os nossos progenitores.
É então que após alguns parágrafos, pedofilia, perigos catastróficos e um arraial de pancada sobre a Internet que o autor do artigo diz algo de construtivo: os pais têm de ter (passo a redundância) um papel activo! Ora bem, aqui está algo que serve para alguma coisa. A Internet tem potencialidades fabulosas, é uma fonte de conhecimento sem fim, permite-nos conhecer pessoas de todos os cantos da Terra, comunidades virtuais, perceber que há uma imensidão de coisas novas e diferentes para além das nossas fronteiras, etc, etc, etc… Talvez fosse importante para os pais saberem disso. Mas não! Os computadores são um bicho papão que vão comer as criancinhas! Alias, para os pais é muito mais fácil pensar assim… Eu defendo que deve haver limites e preocupação, porque há coisas más na net, mas se formos pensar assim a escola é um bicho tão papão quanto a web.
Na escola as crianças podem ter contacto com drogas, tabaco, entrar em grupos de vandalismo ou levar pancada dos mais fortes (e muitas vezes menos inteligentes) e eu nunca vi um miúdo a fumar pelo Hi5 ou a levar pancada pelo Messenger. Não façamos juízos negativos sem sequer tentar ver o proveito que algo nos pode trazer. Sejamos sóbrios e tenhamos a lucidez para perceber que todas as coisas têm os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Por isso tem de haver (e reforço o TEM) um esforço dos pais por se integrarem no mundo dos filhos, ou não terão a capacidade de os proteger nesse mundo e serão apenas inquisidores ou anarquistas de algo que pode ser um elemento riquíssimo da educação dos filhos.
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Oct 30

Reflexão - 3º Capítulo

Acima das tecnologias, das relações familiares ou de conflitos homem versus máquina, o ponto central de Papert em “A Família em Rede” é a aprendizagem e os seus processos. Fica-nos clara a ideia de que o autor é fortemente influenciado pela corrente Construtivista da aprendizagem (e é, também, influenciador) já dos capítulos anteriores, mas é neste que se assume como tal. Desde que comecei a pensar sobre o pensamento que me apercebi de que é efectivamente possível aprender sem que ninguém nos ensine, e este capítulo fez-me recordar, de novo, os meus tempos de meninice.
Já disse que era um miúdo louco por computadores e jogos de vídeo, o que não disse foi que a única coisa que me apaixonava igualmente era o bem-dito Lego.

Ora, imaginemos que eu tenho uma peça “normal” (chamemos-lhe assim) com a forma de um cubo. Acontecia-me muitas vezes que a certa altura essas peças acabavam! O que fazer? Como uma boa criança faria: inventar! É então que percebo que uma peça “normal” é constituída por 3 peças “finas” (os nomes aqui são irrelevantes), ou por 4 “peças de um pino” ou ainda centenas de outras combinações. Através do Lego aprendi uma série de noções espaciais que apuraram a minha percepção (espacial) e a minha inteligência tridimensional. Porem, e ainda que não tenha aprendido de forma consciente, não tive ninguém a dizer-me o que fazer nem como o fazer. É certo que aqui estamos perante um caso extremista de construtivismo, mas que não deixa de ser um bom exemplo, creio.
Não estou a dizer, com isto, que a aprendizagem por pergunta-resposta ou os métodos tradicionais são ineficazes, o que está em causa é como a aprendizagem auto-dirigida supera esses outros métodos na medida em que não se fica apenas pela apreensão de conteúdos, vai para além disso: desenvolve outras competências, desenvolve esquemas cognitivos e outros estilos de aprendizagem. É nesse particular que os computadores oferecem a sua maior utilidade em termos pedagógicos: a possibilidade de desenvolver a mente e não se ficar pela transmissão de conteúdos (que não deixam de ser fundamentais). Há tempos, na aula de TDC, a professora Adelaide Pires disse-nos uma frase que ilustra bem o que estou a apoiar: “diz-me e vou-me esquecer, mostra-me e talvez me lembre, envolve-me e aprenderei.”
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Oct 29

Para (Sor)rir:

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